“Roda Roda Vira. Solta a roda e vem. Me param a mão na bunda e ainda não comi ninguém” - Assinas, M (1995).

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Este relato foi transcrito no dia 316 do eMundo. Enquanto isso, apreciem o som que lhes é ofertado gratuitamente (antes que a Apple compre também).




Sinto que o cansaço da guerra finalmente diminuiu de meus pesados ombros, que arcavam constantemente com o deslocar pelo eMundo para buscar produzir em territórios adversários  sustento diário, mesmo a taxas sensivelmente altas para o demandado. Mas uma hora a guerra vem com a conta e faz a cobrança da peleja. Decidi, juntamente com meus colegas trolls, “a buscarmos um novo rumo nas Colunas de Hércules, onde a Europa termina e os mares das Lusíadas começa, rejuvenescendo nossas forças e reforçando nosso potencial” (acabou o momento renascentista), de onde pudéssemos continuar a colaborar com a Alemanha, mas garantindo também a nossa capacidade de sustentar o custo que uma guerra de trincheiras pode arcar. Estou eu em Guimarães a fumar uma palha enrolada em seda, de frente à eUniversidade do Minho, pensando na decisão que foi tomada, quando as lembranças de outrora novamente tomam o meu pensar e quando as verdadeiras faces de K. Russell foram reveladas…

Eis que a Sombra da Corrupção já havia despertado a semente negra na matiz do Anão Verde e o grão-mestre havia tomado conhecimento da causa, mas não esboçou qualquer sinal de vitória, pois ainda havia uma incógnita a ser resolvida: NAPattan K. Russell, CEO da Corporação Caranguejo.

NAPattan K. Russell chegou no eMundo com grande força e fortuna a ser investida no eBrasil, se tornando um grande comprador de matéria-prima e praticamente uma força econômica por si dentro do eBrasil, ao lado do Barba Grande. Ambos concentravam uma grande parcela da produção de helicópteros e consumiam grandes volumes de ferro para produção. No entanto, compartilhar marketshare nunca foi do feitio dos K. Russell…

- Os números da Caranguejo ainda não estão suficientes para mim. Os custos se mostram dentro do mercado, mas altos para meus planos. Preciso ter maior controle sobre o mercado de armas…
- Sr. Russell, me permite a entrada?
- Quem é você? É de algum departamento aqui da Corporação? Quem te mandou?

Um jovem franzino, aparentando ter entre 25 e 30 anos, porém com fisionomia mais cansada, adentra a sala revestida com pinças douradas de caranguejo e troféus de Campeonatos de Pesca Submarina, com destaque para uma foto com uma lagosta azul que, segundo os funcionários da Corporação Caranguejo, é o orgulho do CEO.

- Perdoe-me a falta de educação. Meu nome é P… Plácido Corr, senhor. Sou do departamento de finanças da unidade de Luzón e fui efetivado faz 20 dias aqui.
- Então foi o Mike Benitez que te mandou? O que veio fazer aqui então? Não fui informado sequer de sua chegada.
- Bem, senhor. Eu estava levando uma papelada do financeiro para o RH e não pude deixar de escutar seu desafio…
- Anda a bisbilhotar minha privacidade?! Trabalha pro Barba Grande, por acaso?!, esbraveja o CEO, não contendo seu espanto.
- Não, senhor! Não foi este o meu intento… Eu, na verdade, me inspirei nas suas palavras, na forma como planeja e busca crescer dentro de um país altamente competitivo como o nosso… Principalmente disputando braço a braço com alguns membros da Trolls…
- Isto é o mercado, rapaz. Não existe vitória sem luta. E a luta é o que nos estimula a crescer mais e melhor, recuperando sua compostura após o descalabro anterior.
- Mas melhor ainda seria crescer sem quem pudesse ofuscar o que lhe é de direito.

Um tanto pensativo e relutante diante da insidiosidade daquele rapaz franzino e com olhar frio, NAPattan se levanta de sua cadeira e se aproxima do funcionário.

- O que você pretende falando isso?
- Bem, senhor… Que a luta não se faz somente na frente de batalha. Outros meios mais inteligentes podem ser aplicados para otimizar os resultados. Tal qual nós, no financeiro, somos capazes de buscar para atender sua necessidade.
- Diga aonde quer chegar com essa conversa mole.
- Em como garantir o monopólio de tudo neste país.
- Prossiga.

Neste exato momento, a isca foi mordida e a matiz de NAPattan enegreceu-se e um leve sorriso apareceu no rosto de Plácido Corr.

- Sabes bem que a maior parte da produção de helis do eBrasil é adquirida pelo governo federal e que a maior parte é adquirida do Barba Grande e do jovem Sub-16… Se a concorrência fosse extirpada do mercado, apenas sobraria a Corporação Caranguejo, dominando o mercado de produção, consumo, venda, distribuição e, quiçá, o próprio monetário., descreve o franzino istente do financeiro.
- Sua fala é muito bonita para meus ouvidos e tal, mas eu não vejo nenhuma proposta concreta de como podemos alavancar minha empresa para a supremacia no eBrasil.
- O ponto fraco deles é a política. Eu já vi pessoas cometerem transgressões e eles não terem um pingo de comiseração. Porém, se o impacto for demasiado alto, eles não têm o culhão necessário para agir e tomar a rédea da situação. Principalmente quando se trata de eleições.
- Então está dizendo que a Corporação Caranguejo deve arriscar tudo em uma jogada de eleições? Um CP sem a maioria do Congresso quase nada pode fazer., NAPattan pergunta e argumenta de forma desconfiada.
- Mais precisamente, usar as eleições presidenciais que estão por vir em Agosto e uma pequena concessão que o Anão Verde lhe fará.
- O Grande Anão Verde da Irmandade do Papagaio não irá aceitar esta jogada nunca. O que lhe falta de tamanho lhe sobra em confiabilidade. Mesmo sendo uma jogada muito boa e que me traria grandes resultados, dificilmente terei capacidade de agilizar isso com a rapidez que preciso e esconder a trairagem não será fácil.
- Já vi que ainda lhe falta um pouco de ambição nos olhos. Então, terei de falar com sua outra parte…

O indivíduo se aproxima do CEO, o toca na testa e de repente, NAPattan desaba ao chão. Sua córnea enegrece e, em pouco mais de um minuto, volta à tonalidade branca, porém com um leve toque amarelado, semelhante a um réptil. O corpo se levanta e uma energia pesada e ombrosa acompanha a figura, agora em um terno negro como o vazio e com gravata púrpura como a violeta que precede a morte.

Tudo está em conforme com o Anão Verde. Ele agora nos pertence e está de acordo com os planos do grão-mestre, NAPattan.
NAPattan?! NAPattan está em um período de férias por tempo indeterminado. Eu tenho diversos nomes, sombra disforme, mas você pode me chamar de Barão Cerius M.G. Krabby.

Caríssimos leitores: lamentamos muitíssimo pelo atraso na publicação deste capítulo desta crónica. E como os relatos foram escritos na época em que ocorreram os detalhes, o capítulo 6 saíra no, mais tardar, na segunda próxima agora. Aproveitem enquanto vamos colocando a versão em inglés das Crónicas Trolls para que mais players acompanhem esta saga.